Santas Perpétua e Felicidade - 07/03
Mártires do segundo século

Santas Perpétua e Felicidade

Jovens mães que foram até as últimas consequências defendendo, acima de tudo, a fé que professavam.

Numa perseguição que se desencadeou em Cartago, foram presos nesta cidade cinco catecúmenos.

Dentre os quais uma escrava chamada Felicidade e uma mulher, ainda nova e de posição, chamada Perpétua.

A primeira estava grávida de oito meses e a segunda tinha uma criança de peito.

Elas receberam o batismo enquanto estavam presas.

Permitiram a Perpétua que levasse consigo o filho para o cárcere.

Chegado o interrogatório, ambas confessaram abertamente a fé e foram condenadas a ser lançadas às feras no aniversário do imperador Geta.

A mãe foi então separada do seu filhinho.

“Deus permitiu que ele não voltasse a pedir o peito e que ela não fosse mais atormentada com o leite”,

Escreveu Perpétua no diário que foi fazendo até o dia da sua morte.

Narra em seguida uma visão em que lhe apareceu seu irmão Dinócrates, ao sair do Purgatório graças às suas orações, e outra em que lhe foi prometida a assistência divina no último combate.

Felicidade receava que, devido ao seu estado, não lhe permitissem morrer com a companheira, mas, três dias antes dos espetáculos públicos, deu à luz.

Como as dores do parto lhe arrancassem gritos, um dos carcereiros observou-lhe:

“Se tu te lamentas já dessa maneira, que será quando fores lançada às feras?”.

“Hoje sou eu que sofro, respondeu a escrava; nesse dia, sofrerá por mim Aquele por quem eu sofro”.

Deu à luz uma menina que foi, posteriormente, adotada por uma mulher cristã.

Perpétua e Felicidade entraram alegremente no anfiteatro com os três companheiros.

Envolveram-nas numa rede e entregaram-nas às arremetidas duma vaca furiosa.

O povo cansou-se depressa de ver torturar as duas jovens mães, uma das quais ia perdendo o leite, e pediu que se acabasse com aquele espetáculo.

Abraçaram-se, então, pela última vez. Felicidade recebeu o golpe de misericórdia impavidamente.

Perpétua, no entanto, caiu nas mãos dum gladiador desastrado que falhou o golpe, “tendo-se visto ela própria na necessidade de dirigir contra o pescoço a mão trêmula do gladiador inexperiente”.

Estes martírios deram-se na era de 203.
Santas Perpétua e Felicidade, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova
http://santo.cancaonova.com/santo/santas-perpetua-e-felicidade/

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