São Tomé Apóstolo (século I) - 03/07

 

Sao Tome Apostolo

Embora na nossa memória a presença de São Tomé faça sempre pensar em incredulidade e nos lembre daqueles que ‘precisam ver para crer’, sua importância não se resume a permitir a inclusão na Bíblia da dúvida humana.

Ela nos remete, também, a outras fraquezas naturais do ser humano.

Como por exemplo, a aflição e a necessidade de clareza e pé no chão.

Mas, e principalmente, mostra a aceitação dessas fraquezas por Deus e seu Filho no projeto de sua vinda para nossa salvação.

Pertenceu ao grupo dos doze apóstolos.

O Senhor o chamou dentro de sua realidade, com suas fraquezas e até com suas crises de fé.

São três as grandes passagens do apóstolo Tomé no livro sagrado.

A primeira, é quando Jesus é chamado para voltar à Judéia e acudir Lázaro.

Seu grupo tenta impedir que se arrisque, pois havia ameaças dos inimigos e Jesus poderia ser apedrejado.

Mas ele disse que iria assim mesmo e, aflito, Tomé intima os demais: ‘Então vamos também e morramos com ele!’

Na segunda passagem, demonstra melancolia e incerteza.

Jesus reuniu os discípulos no cenáculo e os avisou de que era chegada a hora do cumprimento das determinações de seu Pai.

Falou com eles em tom de despedida, conclamando-os a segui-lo: ‘Para onde eu vou vocês sabem.

E também sabem o caminho’.

Tomé queria mais detalhes, talvez até tentando convencer Jesus a evitar o sacrifício:

‘Se não sabemos para onde vais, como poderemos conhecer o caminho?’.

A resposta de Jesus passou para a história: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim’.

E a terceira e definitiva passagem foi a que mais marcou a trajetória do apóstolo.

Foi justamente quando todos lhe contaram que o Cristo havia ressuscitado, pois ele era o único que não estava presente ao evento.

Tomé disse que só acreditaria se visse nas mãos do Cristo o lugar dos cravos e tocasse-lhe o peito dilacerado.

A dúvida em pessoa, como se vê.

Mas ele pôde comprovar tanto quanto quis, pois Jesus lhe apareceu e disse:

‘Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos!… Não sejas incrédulo,
acredita!’

Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,26-28).

Dessa forma, sua incredulidade tornou-se apenas mais uma prova dos fatos que mudaram a história da humanidade.

O apóstolo Tomé ou Tomás, como também é chamado, tinha o apelido de Dídimo, que quer dizer ‘gêmeo e natural da Galiléia’.

Era pescador quando Jesus o encontrou e o admitiu entre seus discípulos.

Após a crucificação e a ressurreição, pregou entre os medos e os partas, povos que habitavam a Pérsia.

Há também indícios de que tenha levado o Evangelho à Índia, segundo as pistas encontradas por São Francisco Xavier no século XVI.

Morreu martirizado com uma lança, segundo a antiga tradição cristã. Sua festa é comemorada em 3 de julho.

O Papa São Gregório Magno meditando essa realidade de São Tomé diz:

“A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus.

O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade”.

Segundo a Tradição, Tomé teria ido, depois de Pentecostes, evangelizar pelo Oriente e Índia onde morreu martirizado, ou seja, morreu por amor, testemunhando a sua fé.
São Tomé, rogai por nós !

Texto: Paulinas Internet
Fonte: Portal Paulinas
https://www.comeceodiafeliz.com.br/santo/sao-tome

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