Santo Urbano V - 19/12
Hoje lembramos Santo Urbano V e, além disso, recordamos que ele nasceu em 1310 no castelo de Grisac, nas Cevenas, França.
Guilherme de Grimoard, filho do cavaleiro homônimo e de Anfelisa de Montferrand, mostrou desde a infância forte rejeição a qualquer frivolidade.
Sempre que fugia dos jogos e buscava a capela, sua mãe comentava: “Eu não o compreendo; contudo, basta que Deus o compreenda”.
Ele entrou na abadia beneditina de Chirac, perto de Mende, e, logo depois, professou votos no convento de São Vítor de Marselha.
Em seguida, ingressou na Congregação de Cluny.
Em outubro de 1342, ele concluiu os estudos de Direito Canônico e, paralelamente, ensinou nas Universidades de Toulouse, Montpellier, Paris e Avignon.
Ele exerceu funções de Vigário Geral em Clermon e Uzés e, em 13 de fevereiro de 1352, tornou-se Abade de São Germano de Auxerre.
No dia 26 de julho do mesmo ano, Clemente VI nomeou Guilherme como Legado Pontifício na Lombardia.
Mais tarde, enquanto atuava como Abade de São Vítor de Marselha, Inocêncio VI confiou-lhe missão semelhante no reino de Nápoles.
Os Papas residiam em Avignon, porém já planejavam retornar a Roma.
Para preparar esse retorno, Guilherme desenvolveu intensa atividade diplomática na Itália.
No fim de 1362, ele sucedeu Inocêncio VI e adotou o nome Urbano V, tornando-se um dos sete Papas que, entre 1309 e 1377, permaneceram em Avignon.
Seu Pontificado destacou-se pelo envio de missionários às Índias, à China e à Lituânia e, igualmente, pela pregação de uma nova cruzada.
Ele apoiou amplamente os estudos eclesiásticos e, além disso, promoveu diversas reformas administrativas na Igreja.
Depois de renovar a excomunhão decretada por Inocêncio VI contra Pedro IV, rei de Castela, assassino da esposa e polígamo, Urbano autorizou Henrique de Trastâmara, irmão do rei, a destroná-lo.
Simultaneamente, convidou Du Guesclin e suas “companhias brancas” para auxiliá-lo, garantindo assim o êxito da revolução dinástica.
Em 1367, Urbano V concluiu que chegara o momento de regressar a Roma.
No dia 19 de maio, ele embarcou em Marselha com vinte e quatro galeras e, em 3 de junho, desembarcou em Corneto.
Em 16 de outubro, ele entrou triunfalmente na Cidade Eterna. Contudo, ele não conseguiu permanecer ali, apesar dos protestos de Santa Brígida, que lhe anunciou morte próxima caso retornasse.
Mesmo assim, ele voltou para Avignon em 26 de setembro de 1370 e, pouco depois, morreu em 19 de dezembro, usando o hábito beneditino.
Algum tempo antes, ele havia se mudado para a casa do irmão, pois não desejava terminar a vida num palácio.
Por sua ordem, as portas da casa permaneciam abertas, permitindo que todos entrassem livremente para ver “como morre um Papa”.
Santo Urbano V, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova
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