São Policarpo - 23/02
Bispo da Igreja primitiva

São Policarpo

São Policarpo nasceu no ano 69-70 de pais cristãos.

Aprendeu dos Apóstolos os ensinamentos de Cristo, tornando-se discípulo de João.

Narram Ireneu – seu aluno e mais tarde bispo de Lyon – e o historiador Eusébio de Cesareia:

“Policarpo não somente foi educado pelos Apóstolos e viveu com muitos daqueles que haviam visto o Senhor: mas, acima de tudo, foi também dos Apóstolos que se estabeleceram na Ásia como bispo da Igreja de Esmirna” (Adversus Haereses III 3,4; Historia Eclesiastica IV 14,3,4).

É de um tal de Marcião (testemunha ocular de seu martírio) o Martyrium Polycarpi, considerado por muitos o mais antigo e autêntico dos Atos dos Mártires.

Trata-se, portanto, da primeira obra na qual é definido mártir quem morrer por causa da fé.

Durante o seu longo episcopado, Policarpo distinguiu-se pelo zelo em conservar fielmente a doutrina dos Apóstolos ao difundir o Evangelho entre os pagãos, além, de combater as heresias.

Ireneu o define como pregador paciente e amável, além disso, destaca sua grande solicitude pelas viúvas e pelos escravos.

A amizade no episcopado com Inácio de Antioquia

Em 107 Policarpo acolhe em Esmirna Inácio de Antioquia, de passagem e sob escolta, em direção a Roma para ser julgado.

Célebres as sete cartas que Inácio endereçou às Igrejas ao longo de seu caminho; as primeiras quatro partem justamente de Esmirna.

De Tróade, depois, escreve aos fiéis de Esmirna e ao seu bispo Policarpo, encarregando-o de transmitir à Igreja de Antioquia a sua última recordação e descrevendo-o um bom pastor e combatente pela causa de Cristo.

E é a Policarpo que os Filipenses pedem para recolher as cartas de Inácio.

O bispo de Esmirna envia a eles o que foi pedido, junto a uma carta sua, para exortá-los a servir a Deus no temor, a crer n’Ele, a esperar na ressurreição, a caminhar no caminho da justiça, tendo sempre diante dos olhos o exemplo dos mártires e principalmente de Inácio.

Também a Epístola aos Filipenses de Policarpo é bastante conhecida.

Chegada aos nossos dias, é importante em particular pelas notícias históricas que dela se podem tirar e pelos dogmas sobre o Credo que são recordados.

Por volta do final de 154, Policarpo parte para Roma, como representante dos cristãos da Ásia Menor, para tratar com o Papa Aniceto sobre diversas questões, e principalmente sobre a data da Páscoa.

Nas Igrejas Orientais era celebrada no dia 14 do mês judaico de Nisan, enquanto na capital do Império no domingo sucessivo. Não se chega a um acordo, mas as relações entre as Igrejas permanecem amigáveis.

Mártir aos 86 anos

Sob o Imperador Antonino Pio desencadeiam perseguições também em Esmirna. Policarpo é preso.

Os atos de seu martírio narram que “levado diante do pró-Cônsul, ele…procurou persuadi-lo a renegar, dizendo:

“Pensa na tua idade…muda de pensamento…jura e eu te liberto. Amaldiçoe Cristo”.

Policarpo responde:

“Por 86 anos eu O servi, e não me fez mal algum. Como então poderia blasfemar contra meu Rei e meu Salvador?…ouçam claramente. Eu sou cristão”.

Foi decidido que seria queimado, mas, permanece ileso, e, depois disso, é morto pela espada.

“Estes os fatos – lê-se no Martyrium Polycarpi – sobre o beato Policarpo que com aqueles de Filadélfia foi o 12º a sofrer o martírio em Esmirna.

O beato Policarpo testemunhou o segundo dia de Santico, o sétimo dia antes das calendas de março, do grande sábado, na hora oitava.

Foi preso por Herodes, pontífice de Tralli, durante o proconsulado de Statius Quadratus, rei eterno nosso Senhor Jesus Cristo”.
São Policarpo, rogai por nós!

Fonte: Vatican News
https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/02/23/s–policarpo–bispo-de-esmirna-e-martir.html

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