Os Santos Inocentes - 28/12

Os Santos InocentesA festa de hoje, que o Papa São Pio V instituiu, conduz-nos profundamente neste tempo da Oitava do Natal.

Além disso, essa celebração encontra fundamento sólido nas Sagradas Escrituras.

Quando os Magos chegaram a Belém, guiados por estrela misteriosa, encontraram o Menino com Maria.

Imediatamente, eles prostraram-se, adoraram-No e abriram seus tesouros.

Logo depois, ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.

Em seguida, receberam aviso em sonhos para não retornarem a Herodes. Portanto, voltaram por outro caminho para sua terra.

Assim que eles partiram, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José.

Rapidamente, o anjo disse:

“Levanta-te, toma o Menino e sua mãe e foge para o Egito”.

Consequentemente, José levantou-se de noite, tomou o Menino e sua mãe e retirou-se para o Egito. Lá, ele permaneceu até a morte de Herodes.

Dessa forma, cumpriu-se o que o Senhor disse por meio do profeta: “Do Egito chamarei o meu filho”.

Então, Herodes percebeu que os Magos o enganaram.

Imediatamente, ele irou-se em extremo e mandou matar todos os meninos de Belém e arredores.

Especificamente, ordenou matar de dois anos para baixo, conforme a data que ele averiguou dos Magos.

Assim, cumpriu-se o que Jeremias predisse:

“Uma voz se ouviu em Ramá, grandes prantos e lamentações”.

Raquel chorava seus filhos sem admitir consolação, porque eles já não existiam.

Quanto ao número de assassinados, Gregos e o jesuíta Salmerón afirmavam 14.000. Por outro lado, Sírios diziam 64.000.

Além disso, o martirológio de Haguenau registrava 144.000. Atualmente, estudiosos calculam cerca de vinte ao todo.

Muitas Igrejas, entretanto, pretenderam possuir relíquias desses inocentes.

Na Idade Média, bispados com escolas de meninos de coro celebravam a festa dos Inocentes como deles.

A celebração começava nas vésperas de 27 de dezembro e terminava no dia seguinte.

Entre si, os meninos escolhiam um “bispo”.

Logo depois, esses cantorzinhos apoderavam-se das estolas dos cônegos e cantavam em vez deles.

Ao bispo improvisado competia presidir ofícios, entoar o Inviatório e o Te Deum.

Igualmente, desempenhava outras funções reservadas aos prelados maiores.

Somente retiravam-lhe o báculo pastoral ao entoar o versículo do Magnificat: “Derrubou os poderosos do trono”.

No fim das segundas vésperas, o “derrubado” oferecia banquete aos colegas. Esse banquete ocorria às expensas do cabido.

Depois, todos voltavam juntos para seus bancos.

Essa extravagante cerimônia também vigorou em Portugal, sobretudo nas comunidades religiosas.

A festa de hoje igualmente nos convida a refletir sobre a situação atual dos milhões de “pequenos inocentes”.

Essas crianças sofrem descaso, aborto, fome e violência. Portanto, rezemos neste dia por elas e pelas nossas autoridades.

Que elas se empenhem cada vez mais no cuidado e no amor às crianças. Pois delas é o Reino dos Céus.

Por esses pequeninos, sobretudo, nós cristãos aspiramos a um mundo mais justo e solidário.
Santos Inocentes, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova
http://santo.cancaonova.com/santo/os-santos-inocentes/

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