Miguel, Gabriel e Rafael são mais do que nomes celestiais — eles representam amigos fiéis, protetores incansáveis e intercessores poderosos que, vindos diretamente do Céu, correm em nosso auxílio sempre que clamamos por ajuda.

Com grande alegria e profunda reverência, celebramos neste dia a festa dos três Arcanjos: Miguel, Gabriel e Rafael.

A Igreja Católica, iluminada pela ação do Espírito Santo, preservou e aprofundou a devoção a esses seres celestiais, tradição que herdou do Antigo Testamento.

Afinal, como bem nos lembra São Paulo, vivemos constantemente envolvidos em um bom combate espiritual.

Para compreendermos melhor, é importante destacar que a palavra “Arcanjo” significa “Anjo principal”, enquanto “Anjo”, por sua vez, quer dizer “mensageiro”.

Com isso em mente, podemos mergulhar na missão e no significado de cada um desses três enviados divinos.

São Miguel
O nome Miguel, em hebraico, carrega uma pergunta retórica de profunda força espiritual: “Quem como Deus?” Segundo as Escrituras, Miguel integra o grupo dos sete espíritos que assistem diretamente ao Trono do Altíssimo.

Por essa razão, ele ocupa a posição de um dos grandes príncipes celestiais e atua como ministro de Deus. No Antigo Testamento, o profeta Daniel o reconhece como o príncipe protetor dos judeus.

Já no Novo Testamento, Miguel assume o papel de defensor dos filhos de Deus e da Igreja, especialmente porque, até a segunda vinda do Senhor, enfrentamos uma batalha espiritual constante contra os derrotados que, mesmo vencidos, ainda tentam nos arrastar para a perdição.

A Bíblia descreve esse combate com clareza:

“Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu” (Apocalipse 12,7-8).

Portanto, São Miguel permanece como nosso guerreiro celeste, sempre pronto para lutar por nós.

São Gabriel
O nome Gabriel, também de origem hebraica, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”.

Este Arcanjo se destaca por sua missão singular como mensageiro divino. De fato, ele aparece duas vezes nas profecias de Daniel, mas é no Novo Testamento que sua presença se torna ainda mais marcante.

Gabriel foi o responsável por anunciar o nascimento de João Batista e, mais importante ainda, revelou o maior acontecimento da história da salvação: a Encarnação do Verbo.

São Lucas relata esse momento com beleza e profundidade:

“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…”

A partir dessa saudação, o Evangelho narra como se deu o mistério da Encarnação, que transformou para sempre a história da humanidade. Assim, Gabriel permanece como o mensageiro da esperança e da revelação divina.

São Rafael
Por fim, encontramos Rafael, outro dos sete espíritos que servem diante do Trono de Deus. Ele aparece no Antigo Testamento, especificamente no livro de Tobit, e seu nome significa “Deus curou” ou “Medicina de Deus”.

Rafael desempenha um papel essencial na narrativa, pois devolve a visão ao piedoso Tobit, revelando-se como um agente da cura e da providência divina.

Além disso, sua presença — assim como a de Miguel e Gabriel — se mostra discreta, mas profundamente amiga e eficaz.

O texto bíblico nos conta:

“Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).

Essa descrição nos ensina que os Arcanjos muitas vezes atuam de forma silenciosa, mas sempre com amor e propósito.

São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova
http://santo.cancaonova.com/santo/santos-arcanjos-miguel-gabriel-e-rafael/

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