Santo André Kim Taegone companheiros Mártires - 20/09
Assim como Santo André Kim, os primeiros mártires coreanos escreveram, com sangue e coragem, as primeiras páginas da história da Igreja em sua própria pátria.
Por isso, neste dia, celebramos com profunda reverência o testemunho dos 103 mártires coreanos.
Cuja canonização foi realizada pelo Papa João Paulo II durante sua visita a Seul, em maio de 1984.
Tudo teve início no século XVII, quando um grupo de letrados coreanos demonstrou crescente interesse pelo Cristianismo.
Ao lerem o livro do missionário jesuíta Mateus Ricci, intitulado O verdadeiro sentido de Deus, esses estudiosos tomaram a iniciativa de enviar o filho do embaixador coreano na China em busca das riquezas espirituais de Jesus Cristo.
Assim, Yi Sung-Hun dirigiu-se ao Bispo de Pequim, que prontamente o catequizou e o batizou.
Por meio desse jovem leigo, ousado e cheio de fé, a Boa Nova chegou à Coreia.
Junto com seus amigos, ele fundou a primeira comunidade cristã no país.
Dessa forma deu início a uma jornada de evangelização que, com o auxílio eficaz do Espírito Santo, se espalhou de aldeia em aldeia.
Em apenas dez anos, eles reuniram cerca de dez mil testemunhas da presença viva do Ressuscitado.
Embora tenham solicitado diversas vezes ao Bispo de Pequim o envio de sacerdotes para organizar melhor a Igreja nascente, enfrentaram grandes dificuldades.
Roma, por sua vez, estava praticamente inacessível, e o Papa sofria com as imposições de Napoleão.
Como consequência, a Igreja só conseguiu enviar ajuda aos cristãos coreanos trinta anos mais tarde.
Nesse intervalo, milhares de fiéis já haviam sido martirizados, incluindo os 103 mártires que celebramos hoje.
— entre eles, André Kim, o primeiro padre coreano, morto em 1845, além de dez clérigos e noventa e dois leigos.
Alguns testemunhos desses mártires permaneceram gravados na memória da Igreja. Dentre tantos, destaca-se o de Teresa Kwon, que declarou com firmeza:
“Dado que o Senhor do céu é o Pai de toda a humanidade e o Senhor de toda a criação, como podeis pedir-me para o trair?
Se neste mundo aquele que trair o pai ou a mãe não é perdoado, com maior razão, não posso nunca trair aquele que é o Pai de todos nós!”
Portanto, os primeiros mártires coreanos não apenas derramaram seu sangue, mas também imprimiram, com fé inabalável, as primeiras linhas da história cristã em sua terra natal.
Na data da canonização — que também marcou o bicentenário do início da evangelização da Coreia — a nação já contava com 1.400.000 católicos, distribuídos em 14 dioceses, com o apoio de 1.200 sacerdotes, 3.500 religiosos e 4.500 catequistas.
Esses números, por sua vez, reafirmam com vigor a célebre frase de Tertuliano:
“O sangue dos mártires é semente de novos cristãos!”
Santo André Kim e companheiros mártires, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova
http://santo.cancaonova.com/santo/santo-andre-kim-e-companheiros-martires/
Clique aqui e veja a oração à Santo André Kim e companheiros mártires