Santa Edwiges - 16/10
Santa Edwiges: Nobreza, Fé e Caridade
Edwiges nasceu em 1174, na Bavária, Alemanha, e desde a infância demonstrou um profundo apego às coisas espirituais.
Embora tivesse acesso a tudo o que desejasse comprar ou possuir, ela preferia dedicar-se à oração em vez de participar das festas da Corte. Desde cedo, portanto, escolheu o recolhimento como caminho de vida.
Aos 12 anos, como determinavam as tradições das casas reais, seus pais organizaram seu casamento com Henrique I, duque da Silésia e da Polônia.
Edwiges aceitou obedientemente a decisão familiar e, ao lado do marido, gerou sete filhos.
Quando ela completou 20 anos e ele 34, ambos sentiram o chamado definitivo para seguir Jesus.
Por isso, após conversarem com sinceridade, decidiram viver o casamento sob o voto de abstinência sexual.
A partir desse momento, Edwiges entregou-se com fervor à piedade e à caridade.
Embora guardasse uma pequena parte de seus ganhos para si, ela destinava a maior parte dos recursos ao auxílio dos necessitados.
Assim que descobriu que muitas pessoas permaneciam presas por não conseguirem pagar suas dívidas, ela passou a visitar pessoalmente os presídios.
Com seu próprio dinheiro, libertava os encarcerados e, além disso, buscava empregos para que eles pudessem viver com dignidade.
Com o tempo, Edwiges construiu o Mosteiro de Trebnitz, na Polônia. Além disso, ela restaurou outros mosteiros e mandou erguer diversas igrejas.
Dessa forma, organizou uma ampla rede de obras de caridade e assistência aos pobres.
Frequentemente, ela visitava hospitais e, com suas próprias mãos, cuidava e limpava as feridas dos mais contaminados e leprosos.
Apesar de atender a muitos, ela demonstrava um carinho especial pelas viúvas e órfãos.
Em seguida, Edwiges enfrentou um período de grandes desventuras familiares.
Em um curto intervalo de tempo, ela presenciou a morte de seis filhos, sobrevivendo apenas a filha Gertrudes.
Logo depois, ela também perdeu o marido.
Os inimigos capturaram Henrique I durante um combate, e, mesmo após a libertação, ele morreu por causa de uma doença que contraiu na prisão.
Após tornar-se viúva, Edwiges escolheu continuar vivendo na virtude.
Por isso, ela se retirou e ingressou no convento que havia construído, onde sua filha Gertrudes já atuava como abadessa. Com firmeza, Edwiges fez os votos de castidade e pobreza.
Inclusive, ela caminhava descalça sobre a neve enquanto realizava suas obras de caridade.
Durante esse período, ela recebeu o dom da cura e, com o toque da mão e o sinal da cruz, realizou muitos milagres em cegos e outros enfermos.
Com fama de santidade, Edwiges encerrou sua vida terrena no dia 15 de outubro de 1243, no Mosteiro de Trebnitz.
Logo após sua morte, os fiéis começaram a cultuá-la como santa, e o local de sua sepultura transformou-se em centro de peregrinação cristã.
Em 1266, o papa Clemente IV reconheceu oficialmente sua santidade e realizou sua canonização. A Igreja, então, escolheu o dia 16 de outubro para celebrar sua festa litúrgica.
Até hoje, o culto a Santa Edwiges — padroeira dos pobres e endividados — permanece extremamente expressivo em todo o mundo católico, especialmente no Brasil, onde se tornou um dos mais difundidos.
Santa Edwiges, rogai por nós!