São Martinho I - 13/04
O Papa Martinho I, enfrentou o poder imperial de sua época e por isso mesmo, foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.
Antes de tudo, Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o Papa Teodoro.
Imediatamente, Martinho foi eleito para sucedê-lo e passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia.
O imperador Constante II defendia as teses hereges dos monoteístas, que negavam a condição humana de Cristo.
Para defender a fé católica, que reconhece Jesus Cristo como homem e Deus, o Papa Martinho I convocou um Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual, foram convidados todos os bispos do Ocidente.
Ali, foram condenadas definitivamente todas as teses monoteístas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II.
O imperador, então, ordenou a prisão do Papa Marinho I, mas, o comandante da guarda resolveu ir além e planejou matar Martinho.
Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio Papa daria a Santa Comunhão aos fiéis.
No entanto, na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas, ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado.
O imperador Constante II, porém, não desistiu da prisão do Papa Martinho I, pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo.
A viagem tornou-se um verdadeiro suplício que durou quinze meses e acabou com a saúde do Papa.
Mesmo assim, ao chegar à cidade ficou exposto desnudo sobre um leito no meio da rua, para ser insultado pela população.
Depois foi jogado em um fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.
Entristecido pelo abandono de todos, Martinho repetia:
“Surpreende-me a falta de compreensão e de compaixão de todos os que antes me pertenciam e de meus amigos e parentes, os quais se esqueceram de mim de um modo completo”.
O Papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia.
Por fim, ele acabou morrendo de fome quatro meses depois.
Foi o último Papa a ser martirizado.
São Martinho I, rogai por nós!