Batismo do Senhor - 12/01/2020
A Festa do Batismo do Senhor, celebrada no domingo depois da Epifania, encerra o ciclo natalino e completa as Festas das Manifestações do Senhor.
Comemoramos o Batismo de Jesus por São João Batista nas águas do rio Jordão. Sem ter mancha alguma que purificar, Jesus quis submeter-se a esse rito tal como se submetera às demais observâncias legais, que também não O obrigavam.
O Senhor desejou ser batizado, diz Santo Agostinho, “para proclamar com a sua humildade o que para nós era uma necessidade”.
Com o batismo de Jesus, ficou preparado o Batismo cristão, diretamente instituído por Jesus Cristo e imposto por Ele como lei universal no dia da sua Ascensão: Todo poder me foi dado no céu e na terra, dirá o Senhor; ide, pois, ensinai a todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 18-19).
“Quando o Salvador é lavado, todas as águas ficam puras para o nosso batismo; a fonte é purificada para que a graça batismal seja concedida aos povos que virão depois”, disse São Máximo de Turim no século V ao se referir ao Batismo do Senhor, que é celebrado hoje pela Igreja no Brasil.
Com o Batismo do Senhor é concluído o tempo do Natal e a Igreja nos convida a olhar a humildade de Jesus que se converte em uma epifania (manifestação) da Santíssima Trindade.
“João batiza e Jesus se aproxima; talvez para santificar igualmente aquele que o batiza e, sem dúvida, para sepultar nas águas o velho Adão. Antes de nós, e por nossa causa, ele que é Espírito e carne santificou as águas do Jordão, para assim nos iniciar nos sacramentos mediante o Espírito e a água”, manifestou São Gregório Nazianzeno em um de seus sermões.
“O Espírito, acorrendo àquele que lhe é igual, dá testemunho da sua divindade. Vem do céu uma voz, pois também vinha do céu aquele de quem se dava testemunho”, acrescentou o santo.