São Frediano - 18/11

Frigianu, ou Frigdianus, assim os registros antigos indicam, nasceu na Irlanda em data desconhecida do século VI.
Cristão e monge, ele deixou sua terra natal como peregrino e estudante. Então, seguiu viagem com destino a Roma, buscando fé e conhecimento.
Mais tarde, notícias relatam sua permanência na Itália. Especificamente, ele viveu como ermitão nos arredores da cidade de Luca, na Toscana.
A população rural logo percebeu sua presença. Além disso, os moradores sofriam constantemente com enchentes do rio Serchio, que ladeava a cidade.
Frediano demonstrava vida austera de trabalho, oração e penitência.
Consequentemente, sua sabedoria e cultura tornaram-se evidentes. Além disso, sua energia e liderança se destacavam.
O clero local e o povo decidiram juntos que Frediano representava o cidadão mais indicado para bispo. Portanto, reconheceram nele virtudes essenciais.
Em 560, eles elegeram e consagraram Frediano como bispo de Luca. Certamente, esse fato marcou um acontecimento inusitado e memorável.
Frediano utilizou toda sua ciência em matemática, engenharia, agricultura e hidrografia. Assim, ajudou a população com soluções práticas e inovadoras.
Suas ações rapidamente ganharam fama de prodígio. O episódio mais divulgado, que o celebrizou, foi o desvio do curso do rio Serchio.
Segundo a tradição, Frediano traçou com um restelo o novo curso do rio. Então, por meio de prodígio, as águas se canalizaram imediatamente.
Ele conduziu o rebanho de sua diocese com zelo e caridade.
Além disso, cuidava dos pobres e buscava esmolas para obras sociais.
Frediano construiu asilos, creches, hospitais, igrejas e mosteiros. Incansavelmente, ele dedicava sua vida ao serviço e à caridade.
O bispo Frediano morreu em 18 de março de 588. Assim, encerrou sua missão terrena, mas deixou legado espiritual duradouro.
A fama de santidade de Frediano e o episódio do rio Serchio expandiram-se. Consequentemente, sua devoção tornou-se ainda mais intensa.
O papa São Gregório Magno, contemporâneo, citou Frediano no livro Diálogos. Além disso, congregações em sua basílica difundiram seu culto.
Durante o período medieval, fiéis sepultaram seu corpo em local escondido. Dessa forma, evitaram saques de piratas e invasores.
Meses depois, localizaram seu corpo por acaso. Isso ocorreu durante o sepultamento de uma jovem, quase colocada em seu túmulo.
Tempos depois, sua obra floresceu na comunidade monástica dos “Cônegos de São Frediano”. Essa tradição fortaleceu ainda mais sua memória.
O bispo Anselmo de Baggio, futuro papa Alexandre II, indicou os cônegos para dirigir o Mosteiro de São João de Latrão, em Roma.
A festa de São Frediano ocorre em 18 de novembro. Essa data recorda o traslado de suas relíquias, no século XI, para a Basílica de Luca.
São Frediano, rogai por nós!