São Zeferino - 26/08 chefiou a Igreja de Cristo
Hoje celebramos com fé e gratidão a vida de santidade do Papa São Zeferino, que, movido pelo amor de pastor, conduziu a Igreja de Cristo com a força e a inspiração do Espírito Santo.
Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da história da Igreja, governando de 199 a 217.
Após o término do pontificado do Papa Vitor, de origem africana, o clero e o povo, em consenso, escolheram um romano para ocupar a cátedra de Pedro: Zeferino, filho de um homem chamado Abôndio.
Como o 14º papa a suceder São Pedro, Zeferino enfrentou um período extremamente difícil e conturbado.
Além das intensas perseguições aos cristãos, ele também lidou com heresias internas que, por incrível que pareça, causavam mais danos à Igreja do que os próprios martírios.
Essas heresias surgiram do desejo de alguns em explicar, exclusivamente por meio da filosofia, o nascimento, a vida e a morte de Jesus Cristo.
Por consequência, espalhou-se uma grande confusão: enquanto alguns negavam a divindade de Cristo, outros se autoproclamavam revelações do Espírito Santo, anunciando profecias e pregando o fim do mundo.
Apesar de não ser teólogo, Zeferino demonstrou sabedoria e discernimento.
Com o apoio do Espírito Santo, ele enfrentou os hereges com firmeza.
Para isso, ele se aliou aos grandes sábios da época, como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano.
Juntos, eles encerraram o tumulto e protegeram os cristãos da mentira e dos excessos doutrinários.
Dotado de inspiração e visão especial, Zeferino também se destacou por reconhecer o valor de Calisto, um pagão convertido que havia se tornado membro do clero romano.
Posteriormente, Calisto assumiu o papado como seu sucessor.
Zeferino confiou a ele a missão de organizar cemitérios cristãos separados dos pagãos.
Essa decisão se deu porque os cristãos, por respeito à ressurreição, rejeitavam a cremação e desejavam liberdade para cultuar os mártires.
Com isso, Zeferino persuadiu as nobres famílias cristãs, que possuíam tumbas amplas e profundas, a doá-las à Igreja.
A partir dessas doações, Calisto começou a escavar galerias subterrâneas que conectavam essas tumbas.
Além disso, ele abriu túmulos nas laterais para abrigar os corpos dos cristãos e dos mártires.
Esse complexo funerário deu origem às famosas catacumbas, posteriormente conhecidas como Catacumbas de Calisto.
O pontificado de Zeferino chegou ao fim quando o imperador Sétimo Severo intensificou as perseguições e proibiu as atividades da Igreja.
Em 217, os soldados do império martirizaram Zeferino junto com o bispo Santo Irineu.
Finalmente, os cristãos sepultaram Zeferino numa capela localizada nas catacumbas que ele mesmo havia mandado construir em Roma, Itália.
Assim, sua memória permanece viva como testemunho de fé, coragem e liderança espiritual.
São Zeferino, rogai por nós!